sábado, 16 de maio de 2015

Dicas para quem esta começando no detectorismo

A possibilidade de encontrar algo valioso enterrado sempre me encantou. Cresci ouvindo causos de pessoas que receberam informações em sonhos  acerca da localização de botijas escondidas em cachoeiras,  debaixo de árvores,  em paredes de casarões etc.  No entanto, só aos 27 anos pude comprar meu primeiro detector e realizar buscas.
Em 2011 acabei comprando um Bounty Hunter Tracker IV, conhecido pela sua simplicidade, durabilidade e por oferecer resultados concretos logo no início. Podemos comparar esse modelo de detector a um Fusca, ou seja, operacional e barato.
As minhas primeiras buscas foram em terrenos baldios, estradas de terra e praias. O início foi engraçado, pois encontrei quilos de lixo e sucata. O melhor resultado que encontrei foi algumas moedas de cruzeiro em inox da década de 80. Já nas praias, arrecadei algumas centenas de reais em moedas, principalmente após a temporada de férias.
Comecei então à estudar história e tentar reconstruir mentalmente como era a dinâmica da cidade em que moro na época em que poderiam ter se perdido botijas ou outros objetos de valor histórico. Com isso fiz importantes descobertas, como caminhos que foram extintos há mais de 100 anos e que eram rotas importantes do passado. A movimentação nesses caminhos eram realizadas à pé, com montaria e carruagens. Nesses locais passaram milhares de pessoas e nos deslocamentos eram comuns a perca de moedas, joias, facas e também muitas ferraduras. O desafio é enfrentar os vários centímetros ou metros de solo que cobrem estes tesouros.  Com o Bounty Hunter Tracker IV sempre encontrei coisas em uma profundidade máxima de 25 cm, a média que maioria dos detectores consegue pegar. 
O primeiro e grande aprendizado que tive é que informação histórica e geográfica é tão importante quanto um bom detector, principalmente no Brasil que possui uma história recente e com poucos acontecimentos se comparado com outros países da Europa e Oriente. No Brasil, há 100 anos atrás grande parte do território estava ocupado por matas e campos, onde Indígenas viviam utilizando objetos de pedra e madeira. Com exceção dos caminhos antigos e das cidades do período Colonial, no Brasil você encontrará ocupações recentes e com grande quantidade de lixo. Talvez por isso o detectorismo não seja tão difundido no Brasil.
Para evitar prejuízo e frustração, recomendo aos iniciantes que adquiram um detector simples como o Bounty Hunter Tracker IV,  o qual lhe permitirá os primeiros passos no campo do detectorismo. Se você gostar desse passatempo irá carregar o detector no carro e sempre que puder estará fazendo buscas.  E os resultados virão...


Recomendo para os iniciantes que iniciem buscas na praia, onde talvez você encontre algum anel de ouro, mas com toda a certeza irá encontrar algumas dezenas ou centenas de reais em moedas perdidas. 
Depois de alguns anos, estou aposentado meu Bounty Hunter Tracker IV e em breve vou adquirir um aparelho à prova de água, para poder fazer buscar no mar e em terra. Boa semana!



Caminho do Itupava - Paraná

O Paraná possui uma série de atrativos, destacando-se entre eles o Caminho do Itupava. Fiz este caminho recentemente e disponibilizo aos amigos algumas fotografias.  É possível fazer o caminho partindo do município de Quatro Barras - PR, à partir de uma base do IAP onde é realizado um cadastro dos aventureiros no intento de evitar que pessoas desapareçam na mata. Ao chegar em Morretes - PR, você deve deixar seu nome e avisar que concluiu o percurso. O passeio foi tranquilo, muitos resquícios do passado e que possibilitam compreender a época de ouro do Tropeirismo, Ciclo da Erva - Mate e também do início do transporte ferroviário no Brasil.







sábado, 10 de janeiro de 2015



Buscas pela região dos Campos Gerais. Na segunda foto, uma lata de Coca-Cola dos anos 70.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Solar Jesuíno Marcondes














Solar Jesuíno Marcondes


A região dos Campos Gerais é reconhecida pela força de seu parque fabril, pela riqueza gerada pela agricultura e pelo espírito trabalhador de seu povo. Desta região guardo um carinho especial pela cidade de Palmeira, a cidade "Clima" do Paraná. Palmeira é uma cidade tranquila, com um povo hospitaleiro, um povo que historicamente recebe bem os que por lá passam. Esta opinião compartilho com Dom Pedro II e com Sebastião Cícero Guimarães Passos, personagens ilustres do Brasil e que estiveram de passagem por Palmeira em suas épocas. Dom Pedro II foi muito bem recebido, o que ficou registrado em seu diário de viagem e também nas notícias dos jornais da época. De acordo com o Diário Imperial " À Palmeira chegaram Suas Majestades às 05 horas, com grande entusiasmo da população. Hospedaram-se em casa da baronesa de Tibagi, mãe do conselheiro Jesuíno. Uma banda de música percorreu a noite as ruas da vila que se iluminou." Já Guimarães Passos, monarquista, em fulga após a Proclamação da República passou por Palmeira quando rumava para a Argentina. Nesta passagem foi recebido na fazenda "Palmeira", onde pode recompor as forças. Não esperava ele encontrar nesta fazenda a mulher que seria a inspiração para uma das poesias mais belas do Brasil e que, adaptada, tornou-se a famosa canção da velha guarda "Na Casa Branca da Serra". Segue a letra.

Na casa branca da serra
Que eu fitava horas inteiras
Entre as esbeltas palmeiras
Ficaste calma e feliz
Ai, teu peito me deste
Quando pisei tua terra
Ai, de mim te esqueceste
Quando deixei meu país

Nunca te visse eu, formosa
Nunca contigo falasse
Antes nunca te encontrasse
Na minha vida enganosa
Por que não se abriu a terra?
Por que os céus não me puniram?
Quando os meus olhos te viram
Na casa branca da serra

Olhaste-me um só momento
E desde esse triste instante
Tu me ficaste constante
Na vista e no pensamento.

E mesmo se te não via
Eu passava horas inteiras
Vendo-te à sombra erradia
Entre as esbeltas palmeiras

Embora tudo bendigo
Essa ditosa lembrança
Que sem me dar esperança
Une-me ainda contigo

Bendigo a casa da serra
Bendigo as horas fagueiras
Bendigo aquelas palmeiras
Querida, da tua terra.







Um dos Gabinetes Ministeriais do Império (Ministério da Agricultura) teve o Sr. Jesuíno Marcondes de Sá como titular. Falar deste homem é falar da história do Paraná, é falar de uma das famílias que iniciaram a construção do Estado, é falar de uma personalidade que marcou época pela sua competência, honestidade e liderança. Em um de meus passeios tive o privilégio de conhecer a casa em que morou o Conselheiro Marcondes, ouvir histórias sobre como foi a recepção do Imperador naquele ambiente, percorrer os jardins desta belíssima construção. No intento de identificar algum resquício histórico da época do Império passei o detector de metais nos terrenos próximos ao Solar. Em razão do local já ter servido de depósito e escola, e também em razão das reformas e desabamentos que ocorreram na década de 70, somente material de construção civil e sucata de metais diversos foram encontrados. A gestão do Prefeito Altamir Sanson merece elogíos em razão dos investimentos na área da cultura, pela equipe que ocupa esta pasta e principalmente por cuidar bem do patrimônio histórico de Palmeira. Segue abaixo algumas fotos deste ponto turístico de Palmeira, recomendo a todos.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Detectorismo na Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Câmpus Ponta Grossa























Materiais diversos encontrados tais como pilhas, pregos, lacres de latas de refrigerante, torneiras etc.





























Vista da Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Câmpus Ponta Grossa.





A Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Câmpus Ponta Grossa possui cerca de 3000 alunos distribuídos entre o Ensino Médio e a Pós-Graduação. A referida Instituição possui uma estrutura espetacular, contando com prédios que pertenciam ao antigo Seminário do Santíssimo Redentor (Redentoristas) e também com os prédios construídos recentemente. Além da estrutura predial existe ampla área verde, com jardins e gramados. A manutenção destes gramados exige muita atenção dos responsáveis, em razão do alto fluxo de pessoas e automóveis. No intento de livrar parte de um gramado de metais e pedras ferro (o detector pega esse material) realizamos a detecção da área e diversos materiais foram encontrados superficialmente e também em médias profundidades, tais como pedaços de torneira, pregos, cravos, pedras ferro, parafusos, pedaço de molejo de suspensão etc. O detectorismo mostrou-se extremamente útil na limpeza de gramados em relação à metais, auxiliando assim na prevenção de acidentes por projeção de materiais.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Detectorismo em São Francisco do Sul - SC


Algumas moedas encontradas: a Duracell para a próxima busca já está garantida.




Pescador "Batata" e a âncora encontrada: uma fonte de histórias sobre piratas.



Estivemos recentemente testando o modelo Bounty Hunter Tracker IV na Praia da Enseada em São Francisco do Sul - SC. Saímos de Ponta Grossa - Pr às 02h00 da manhã e chegamos ao local das buscas às 06h30min. O mar estava calmo, a areia estava alta e havia apenas algumas pessoas na praia. Montamos o equipamento e fomos à luta. Muitos foram os achados: latas de refrigerante e cerveja, lacres de cerveja, pregos, chumbadas, muitas moedas e uma âncora. Muitas pessoas que passavam por perto não conheciam um detector de metais, as crianças ficavam admiradas com as coisas que eram encontradas. Muitos dos achados que eram feitos entregavamos aos turistas que observavam o trabalho. No dia não paramos para o almoço, seguimos direto das 06h30min até às 16h00min. Foram vistoriados cerca de 200 metros de orla marítima, operando em "All Metal" e com sensibilide máxima. Os habitantes desta praia nos receberam muito bem, em especial o pescador aposentado "Batata" que repassou preciosas histórias sobre piratas do litoral catarinense. Em relação ao equipamento Bounty Hunter Tracker IV fiquei contente com o desempenho. O pinpointer Automax Precision V4 nos auxiliou à encontrar o local certo onde estava enterrado o metal, economizando assim muito tempo. Uma boa noite à todos!