segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Solar Jesuíno Marcondes














Solar Jesuíno Marcondes


A região dos Campos Gerais é reconhecida pela força de seu parque fabril, pela riqueza gerada pela agricultura e pelo espírito trabalhador de seu povo. Desta região guardo um carinho especial pela cidade de Palmeira, a cidade "Clima" do Paraná. Palmeira é uma cidade tranquila, com um povo hospitaleiro, um povo que historicamente recebe bem os que por lá passam. Esta opinião compartilho com Dom Pedro II e com Sebastião Cícero Guimarães Passos, personagens ilustres do Brasil e que estiveram de passagem por Palmeira em suas épocas. Dom Pedro II foi muito bem recebido, o que ficou registrado em seu diário de viagem e também nas notícias dos jornais da época. De acordo com o Diário Imperial " À Palmeira chegaram Suas Majestades às 05 horas, com grande entusiasmo da população. Hospedaram-se em casa da baronesa de Tibagi, mãe do conselheiro Jesuíno. Uma banda de música percorreu a noite as ruas da vila que se iluminou." Já Guimarães Passos, monarquista, em fulga após a Proclamação da República passou por Palmeira quando rumava para a Argentina. Nesta passagem foi recebido na fazenda "Palmeira", onde pode recompor as forças. Não esperava ele encontrar nesta fazenda a mulher que seria a inspiração para uma das poesias mais belas do Brasil e que, adaptada, tornou-se a famosa canção da velha guarda "Na Casa Branca da Serra". Segue a letra.

Na casa branca da serra
Que eu fitava horas inteiras
Entre as esbeltas palmeiras
Ficaste calma e feliz
Ai, teu peito me deste
Quando pisei tua terra
Ai, de mim te esqueceste
Quando deixei meu país

Nunca te visse eu, formosa
Nunca contigo falasse
Antes nunca te encontrasse
Na minha vida enganosa
Por que não se abriu a terra?
Por que os céus não me puniram?
Quando os meus olhos te viram
Na casa branca da serra

Olhaste-me um só momento
E desde esse triste instante
Tu me ficaste constante
Na vista e no pensamento.

E mesmo se te não via
Eu passava horas inteiras
Vendo-te à sombra erradia
Entre as esbeltas palmeiras

Embora tudo bendigo
Essa ditosa lembrança
Que sem me dar esperança
Une-me ainda contigo

Bendigo a casa da serra
Bendigo as horas fagueiras
Bendigo aquelas palmeiras
Querida, da tua terra.







Um dos Gabinetes Ministeriais do Império (Ministério da Agricultura) teve o Sr. Jesuíno Marcondes de Sá como titular. Falar deste homem é falar da história do Paraná, é falar de uma das famílias que iniciaram a construção do Estado, é falar de uma personalidade que marcou época pela sua competência, honestidade e liderança. Em um de meus passeios tive o privilégio de conhecer a casa em que morou o Conselheiro Marcondes, ouvir histórias sobre como foi a recepção do Imperador naquele ambiente, percorrer os jardins desta belíssima construção. No intento de identificar algum resquício histórico da época do Império passei o detector de metais nos terrenos próximos ao Solar. Em razão do local já ter servido de depósito e escola, e também em razão das reformas e desabamentos que ocorreram na década de 70, somente material de construção civil e sucata de metais diversos foram encontrados. A gestão do Prefeito Altamir Sanson merece elogíos em razão dos investimentos na área da cultura, pela equipe que ocupa esta pasta e principalmente por cuidar bem do patrimônio histórico de Palmeira. Segue abaixo algumas fotos deste ponto turístico de Palmeira, recomendo a todos.

Um comentário:

  1. amigo entre em contato yronhot@hotmail.com, tenho um pi polones sou de itajai, gostaria de caças na sua cidade

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